Síndrome da China é um filme inteligente e paranoico(pleonasmo?) dos anos 70, que, curiosamente, trata de usinas nucleares descontroladas, reatores superaquecidos, imprensa em crise com o que consegue apurar dos fatos, informações sonegadas, população em risco, perigo de vazamentos radioativos, e, coincidentemente, um nome de país oriental em evidência.
Se isso lhe parece muita coincidência, saiba que doze dias após o lançamento do filme, algo idêntico aconteceu de verdade nos EUA. Sinistro!
A estética é própria daquela década: Michael Douglas (pré-compulsão sexual) com jeitão de hippie de boutique, Jack Lemmon, soberbo no papel de coroa com algo a dizer, e pouco a declarar, Jane Fonda, linda, naqueles terninhos horríveis, natiralíssima, sem silicone e com talento. Confira, e você verá que Holywood pode ser bem mais que perseguições de carro e tiros gratuitos.
O que me intriga nessa questão toda: existia o pensamento de que, o reator superaquecido, pudesse atravessar a Terra, passar pelo centro e emergir do outro lado, mais precisamente na China, daí o título enigmático.
Hmmm! Do outro lado do Japão estamos nós, num país tropical, abençoado, cheio de flamenguistas e de negas chamadas Teresa!
Outro grilo não resolvido: o atual debate acerca do perigo da energia nuclear não seria perfeito para favorecer os grandes do petróleo a continuarem a nos dominar? Esso, Exxon, Shell et caterva? Se correr ou se ficar,o bicho parece que de fome não morre.
Enquanto isso, deleite-se com Jane Fonda (pré-ginástica) e com um filme que estimula o cérebro ao invés da testosterona.
quando é anti-holywood, holywood é formidável, mas hein!
ResponderExcluir