segunda-feira, 19 de novembro de 2012
poema raro
Escolhi este poema sem agruras, sem arestas, sem rispidez,
nestes dias de viaturas queimadas, bebês destroçados em Gaza e em São Paulo, na esperança de um alívio, de uma
elevação de espíritos, de um descanso.
Vale a pena conhecer Helberto Helder, poeta português dos anos 50 e 60.
"Todas as coisas são mesa para os pensamentos
onde faço minha vida de paz
nem peso íntimo de alegria como um existir de mão
fechada puramente sobre o ombro.
- Junto a coisas magnânimas de água
e espíritos,
a casas e achas de manso consumindo-se,
ervas e barcos mortos-meus pensamentos se criam
com um outrora casto, um sabor
de terra velha e pão diurno."
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Auuuuuuuuuuuuuuuuuuu! Muito bom,um belo poema,para esses tempos de guerra!
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