sexta-feira, 5 de abril de 2013

É mentira, Terta?

Esta história surgiu nos idos de 1980, ou uma ocasião, em 1915.
Lecionava eu numa cidade do interior, cuja figura folclórica, um tal de seu "Anania" era um notório mentiroso, do naipe do Barão de Muchausen. Transcrevi em forma de poema um dos seus causos, a despeito de ser de domínio público e de ser contada em todo o  país.
Lá vai, seu "Anania":
          Povo amigo, me escute
          Com toda sua atenção
          Aquilo que eu lhes conto
          Do fundo do coração

          Estava em uma caçada
          Em uma mata horrorosa
          Em minha turma de caça
          Só tinha gente medrosa

          No meio de uma clareira
          Ficamos apavorados
          Pois escutamos bem perto
          Barulho de dois miados

          Estava despreparado
          Só tinha um velho facão
          E uma bala na espingarda
          Que trazia em minha mão

          Estando em tal enrosco
          Que é que você faria?
          Eu agi foi deste modo
          Porque sou o seu "Anania"

          Vendo surgir duas onças
          E escutando seu ronco
          Finquei o velho facão
          Num cepo velho de tronco
   
          Apontei a espingarda
          E a bala disparou
          Em dois pedaços de chumbo
          O meu facão a cortou

          Eu que sou homem sério
          Que sou homem que não mente
          Matei duas onças pintadas
          Com uma bala somente...

Foto: blogdodecio.com.br




5 comentários:

  1. E PRA COMPLETAR A CAÇADA
    QUANDO TIREI O FACÃO
    TINHA FISGADO UM TATU
    DEBAIXO DAQUELE TOCÃO,

    FOI TÃO GRANDE A ALEGRIA
    QUE DEI UM PULO PRA RIBA
    BATI A CABEÇA NUM PATO
    QUE CAIU NA MINHA BARRIGA

    QUE BAITA SUSTO TOMEI
    QUE ATÉ NO CHÃO CAI
    EM CIMA DE UM TEIÚ
    QUE PASSAVA POR ALI

    E ACABOU A CAÇADA
    ACREDITEM NESTE QUE AQUI FALA
    DUAS ONÇAS,TATU,TEIU,
    UM PATO COM SÓ UM FACÃO E UMA BALA.

    (TARCÍSIO CORRÊA DE MELO ==>completou a estoria)

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